A gente vai saindo da juventude, vai entrando na casa dos 30 e começa a mudar um pouco de novo. Estou mais à vontade, e aí vem esse lance de maquiagem, das roupas. Os amigos ajudam, dão toque. Se estou viva, é para mudar mesmo. Que tédio seria ficar igual a vida toda. Não me arrumo para fazer show ou para aparecer na mídia. Se vou sair, tomar um chope com um amigo, passo um corretivo, um pó. Comecei a aceitar isso na minha vida. Não faço nada pensando em agradar a ninguém. Tudo meu é muito espontâneo. Me permito mudar só porque estou viva. Até morto muda.
Sempre fui meio camaleônica. Já passei por várias fases, desde a hippie vegetariana que usava saia longa, piercing e dreadlocks no cabelo, até um visual mais rock’n’roll. Quando comecei a minha carreira, passava muito tempo focada no som, não tinha esse lance estético. Primeiro, me preocupei em ganhar intimidade com a banda, com o palco e com o meu público. 

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